quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O Romance de Chico Paraíba Com Olinda de Pernambuco - Parte III

O Romance de Chico Paraíba Com Olinda de Pernambuco - Parte III
– O Noivado com Olinda –



Parte III – O Noivado com Olinda

Certo dia acordei pela manhã, olhei pela janela, me dei conta que não tinha mais onde me hospedar no Recife para o carnaval, aquilo me fez pensar em desistir de ir ao carnaval. Pois ficar hospedado em hotel ficava na época, e hoje tamebm, fora da minha realidade, não conhecia ninguém em Olinda, todos os meus amigos namorando sério ou casados, tudo convergia contra o carnaval.

Resolvi então começar a procurar hospedagem alternativa, passei a procurar na internet, mas não era uma tarefa muito fácil, pois não existia ainda orkut nem esses sites de relacionamento, tinha que achar na tora mesmo. Depois de um mês procurando consegui encontrar uma casa chamada: CASA DA TUA MÃE, após uma breve leitura dos benefícios que a casa oferecia (casa, dormida, três refeições diárias, segurança, arrumadeira e principalmente cerveja liberada todos os dias de momo), logo percebi que a casa tinha sido organizada no ano anterior e não tinha nenhuma informação do carnaval seguinte.

Tratei de adicioná-la aos favoritos, peguei também os telefones, os contatos eram de Fábio e Eduardo. Tentei ligar para os dois telefones, mas, para minha surpresa, Nada! Ninguém atendia, chamava até o fim e nada.

Em alguns dias começou a rolar um misto de medo e desespero: primeiro medo da casa não rolar para o carnaval seguinte, depois medo de levar um calote (quando a esmola é grande o cego desconfia). Terceiro, o desespero: de ficar sem carnaval, minha última e única ficha estava na CTM.

Foi então que, um dia ligo, o telefone chama, e alguém atende. A peleja fio mais ou menos assim:

Eu: - Alou, quem fala?
Alguém do outro lado da linha: - Quer falar com quem?
Eu: - Com Fábio.
Alguém: Ele não está, esqueceu o celular.
Tuuu, Tuuu, Tuuu, Tuuu (barulho do telefone sendo desligado).

Foi meio na cara a desligada, mas valeu, tinha acontecido uma evolução na comunicação, passou de tentativa de telepatia, para uma rápida prosa. Mais alguns dias tentando sem sucesso o precioso contato, vez que em um sábado, alguém atende ao telefone.

Eu: - Quem fala?
Alguém: - Quer falar com quem?
Eu: - Com Fábio.
Alguém: - Tá falando com ele.
(neste momento rolou um ar de felicidade na minha cara)
Eu: - Você que organiza a Casa da Tua Mãe para o carnaval?
Fábio (que agora parou de ser alguém): - Sim, sou um dos diretores.
Eu: - Como faço pra me hospedar na casa no carnaval do ano que vem?
Fábio: - Cara! (pequena pausa) tem que falar com Eduardo, ele que organiza essa parte das reservas.
(neste momento me deu um ar de tristeza, pois ligava para o número do Eduardo e ele nunca atendia).
Fábio continua: - Cara! (esse cara é a cara de Fábio) mas ainda ta muito cedo para ver esse lance das vagas, pois saímos do São João agora.
Completa ainda falando: Liga na segunda quinzena de setembro que é a época que rola as inscrições.

Pedi mesmo assim que ele reservasse a minha vaga, ele concordou, mas achei que ele não levou muito a sério. Tentei algumas vezes, mas sem sucesso ligar para Eduardo.

Coloquei a pagina inicial do navegador para ser a da Casa da Tua Mãe, e todos os dias olhava para ver se tinha começado a inscrição, mas nada mudava no site, sempre a mesma coisa.

Já estávamos na segunda quinzena de setembro, e nada! Absolutamente, nada. Foi então que li em algum canto que para forçar uma atualização da página devemos apertar em ctrl mais a tecla F5, adivinhe o que aconteceu? Tudo mudou, de repente estavam na minha frente todas as informações sobre o ano seguinte, o valor e outras informações.

Uma me chamou a atenção: As vagas já estão acabando! Pronto, pirei, na mesma hora peguei o telefone e liguei para o Eduardo, e num foi que ele atendeu, meio apressado, mas atendeu, falou que estava no trabalho e pediu que eu ligasse mais tarde.

Liguei e ele fez umas perguntas de praxe e falou que minha vaga estava reservada, mas se demorasse mais um pouco ele ia liberar (devo essa a Fábio), expliquei como seria o pagamento, e deixamos tudo certo.

Agora era só esperar o dia pagamento para sacramentar a estadia e confirmar o carnaval. Deposito feito e pagamento confirmado (neste momento tinha ficado Noivo de Olinda), Eduardo me fala, em contato telefônico posterior, que um casal daqui de João Pessoa iria para a casa. Deu-me alguns telefones e mantive um contato com Thiago (hoje perito da policia federal), ele me fala que tinha uma vaga em seu carro, nem vou falar que me escalei nessa vaga sem titubear.

Como diria Capiba agora era “só esperar chegar fevereiro pra ver o clarim clarinar”. O carnaval parecia que nunca iria chegar, demorou uma eternidade, mas em fim chegou. Na sexta-feira estava Thiago na hora, 14 horas, e no lugar marcado, em frente a agência Banco do Brasil do bairro do bessa.

Obs.: No contato telefônico com Thiago o mais importante não foi a carona, e sim, a certeza que a casa existia, e mais ainda, a cerveja era realmente liberada! Pois ele já havia estado na casa no ano anterior.

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