quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O Romance de Chico Paraíba Com Olinda de Pernambuco - Parte II

O Romance de Chico Paraíba Com Olinda de Pernambuco - Parte II
- O Namoro com OLINDA -

“Foi amor verdadeiro que me acertou bem no peito com a lança de um caboclo de um maracatu rural.” Com esse pequeno fragmento da música Farol de Olinda de autoria do incansável compositor André Rio, sintetiza meu sentimento pela cidade dos altos coqueiros.

Tudo começou no final do século passado com o convite de um amigo para passarmos o carnaval em Olinda, aquilo para mim era um sonho, via sempre na televisão e pensava: esse é o meu lugar! Sentia a energia só em olhar a multidão na televisão. Quando era alguma reportagem sobre o lado histórico da cidade, aflorava em mim o historiador, título que um dia ainda haverei de ostentar.

Ir ao carnaval de Olinda era algo que parecia inevitável em minha vida, primeiro pela proximidade com a capital paraibana. Segundo, minha incansável vontade de ir ao Recife, sempre que era convidado já pulava na roupa.

Quando as coisas da vida convergem para determinados acontecimentos, tudo dá certo. Um mês antes do carnaval consegui um emprego, em um escritório de advocacia de um tio meu, nem tinha pensado em carnaval, ainda! Foi quando no final do mês por volta do dia 20 ou 25 surge o convite para passar o reinado de momo em Olinda, mantive um contato com um amigo que mora no Recife chamado Carlos Frederico (hoje tranquilamente um dos grandes nomes da publicidade em Pernambuco), que me dá uma luz de onde se hospedar: poderia ser na casa de um amigo que morava próximo a Olinda (agora não me recordo o nome dele).

O próximo passo era convencer Mário Moreno Neto a me acompanhar na empreitada. Após uma breve conversa acertamos tudo, no dia marcado pegamos um bigu com Alexandre Seger para Recife.

Passamos sábado, domingo, segunda e terça indo do Recife para o carnaval de Olinda. A cidade alta fervia, o suor, o calor, o frevo, pessoas de todas as raças andam juntas, cantam juntas, em uma paz que deveria reinar todo o ano.

Foi em um desses dias de céu azul e muito sol que fui apresentado à música que é o hino do carnaval de Olinda: “Elefante” da dupla “Clídio Nigro e Clovis Oliveira” que, ao lado de Vassourinhas (divergência sobre a composição), não deixa ninguém parado, a ferveção é imediata. Ver uma orquestra entoar um Vassourinhas e Elefante em frete a Prefeitura, às 14 horas do domingo, foi para mim um marco (ali começou meu namoro com Olinda de Pernambuco).

Passei mais uns anos no esquema dormir no Recife e passar o dia no frevo em Olinda. Mas, para minha surpresa, esta história ainda tinha muitas alegrias para me dar.

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